"COMO PROSSEGUIR?"
São tantos os riscos que às vezes fico confuso.
São tantos os riscos que nem sei se vale a pena.
São tantas as dúvidas que nem sei se faço ou uso,
E quantas vezes me questiono por não fazer quarentena.
“Quatrocentena”, talvez, eu deveria a cada ano
Se me importa a vida e pretendo continuar,
Mas a cada passo, pensando, sinto o engano,
Pois me surgem alertas os quais devo confirmar.
Se me deito, ou me levanto, até mesmo ao trabalhar
Surgem placas e cartazes me chamando atenção,
E os vírus do desespero não me deixam nem pensar.
Tento ir em frente e fingir que nada pode me assustar,
Muito embora a consciência mostre outra situação,
Que não me resta senão pedir ao Pai Celeste a solução.
(ARO. 1991)