"COMO PROSSEGUIR?"

São tantos os riscos que às vezes fico confuso.

São tantos os riscos que nem sei se vale a pena.

São tantas as dúvidas que nem sei se faço ou uso,

E quantas vezes me questiono por não fazer quarentena.

“Quatrocentena”, talvez, eu deveria a cada ano

Se me importa a vida e pretendo continuar,

Mas a cada passo, pensando, sinto o engano,

Pois me surgem alertas os quais devo confirmar.

Se me deito, ou me levanto, até mesmo ao trabalhar

Surgem placas e cartazes me chamando atenção,

E os vírus do desespero não me deixam nem pensar.

Tento ir em frente e fingir que nada pode me assustar,

Muito embora a consciência mostre outra situação,

Que não me resta senão pedir ao Pai Celeste a solução.

(ARO. 1991)

Profaro
Enviado por Profaro em 29/10/2011
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