"PAÍS DA IMAGINAÇÃO"
Eu hei de encontrar o País da Imaginação.
Lá, os pássaros são livres e vivem alegres cantando,
O verde é mais verde, o ar é puro, sem poluição,
A vida germina, não vegeta. A beleza aflorando.
Lá, não tem sorriso sem graça, não existe choro de dor,
Da violência não há registro; a injustiça, de lá já partiu.
O ódio é coisa de livros, pois lá só existe o amor.
Morte, só de velhice; a prematura nunca se viu.
Ainda eu não sei onde fica. Nos mapas, não há sinal.
Também, pudera assim o ser, senão perderia o sentido,
E o País da Imaginação tornar-se-ia “Terra de Bandido”.
Coisa que, por aqui, não precisa muito se procurar
Basta somente sair de um ponto e ir a outro lugar.
Daí minha persistência em saber desse abençoado local...
(ARO. 1991)