"RECORRER A QUEM?..."
O momento é mesquinho, a ganância se aflora.
Iludir, prometer, enganar... tudo é artimanha,
Tudo é armadilha qual teia de aranha.
A projeção pessoal, doa a quem doer, é agora.
O auto-interesse é o que importa na louca escalada,
Tropeçando, derrubando, não lhe importa ao redor,
Nem que o muito sem amigos é nada, e ainda será pior
Se Deus tornar outro o caminho, deixando-o só na estrada.
O momento é de propostas, às vezes, senão sempre, indecentes,
Onde a corrupção prevalece aos olhos dessa gente
Que sem consciência vai crescendo, e sempre desejando mais.
Quanto mais se tem, menos não lhe satisfaz,
Não importando de quem se tira, é a política da sujeira,
Onde a justiça é cega, e deles é a porta-bandeira!...
(ARO. 1993)