"RASCUNHO DE ILUSÃO"

De repente eu sinto a força nas mãos,

Eu sinto um poder sufocante, sem comparação.

Eu me percebo pronto à luta e à vitória...

Aí eu me subestimo e volto à real, sem glória.

De repente tudo se me avoluma, e se me apresenta

Em forma de vida, e do que ela me representa.

Eu cresço. Até me agiganto em convicção.

Mas, novamente algo me torna ao chão.

De repente a mente se abre e se solta.

Tudo clareia, nada me aborrece à volta,

Até outro momento de frustrante percepção

De que em mim o que se faz consome de repente

Como se fosse, e me cresce a dúvida insistente,

Um simples esboço desta vida numa amarga ilusão.

(ARO. 1994)

Profaro
Enviado por Profaro em 27/10/2011
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