"FINALMENTE... MAIS UM"
E de repente se fez em mim o vazio da mente
Como o rio que na falta de chuva, secou.
As palavras que outrora fluíam tão rapidamente,
Agora não surgem, parece que a fonte acabou.
Passaram-se horas e até mesmo os dias,
E nada se fez, nem se criou um poema.
Enquanto a angústia pelo fato se prevalecia,
A esperança de outros dias alternava o dilema.
Nada mais me restou para este momento
Senão repassar para o papel esta desilusão,
Enquanto aguardo ansioso o fim deste tormento.
Ao ver quase concluída a obra em questão,
Uma ponta de sorriso se me faz em alento
Por concluir mais este soneto, embora sem inspiração.
(ARO. 1994)