"FINALMENTE... MAIS UM"

E de repente se fez em mim o vazio da mente

Como o rio que na falta de chuva, secou.

As palavras que outrora fluíam tão rapidamente,

Agora não surgem, parece que a fonte acabou.

Passaram-se horas e até mesmo os dias,

E nada se fez, nem se criou um poema.

Enquanto a angústia pelo fato se prevalecia,

A esperança de outros dias alternava o dilema.

Nada mais me restou para este momento

Senão repassar para o papel esta desilusão,

Enquanto aguardo ansioso o fim deste tormento.

Ao ver quase concluída a obra em questão,

Uma ponta de sorriso se me faz em alento

Por concluir mais este soneto, embora sem inspiração.

(ARO. 1994)

Profaro
Enviado por Profaro em 26/10/2011
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