SURPREENDENTEMENTE
Foi por nada, e por que cantou?
Por que haveria de entoar, bonança?
E a meia voz singela, uma romança,
Seria uma defesa, que importa, entoou.
Era setembro, pra cá é muito vento,
que trazia a impressão de esperança,
sensação avassaladora, a quem se ama,
abalado sem ação, preso ao pensamento.
Não sei como... Dei de parar numa leitura,
talvez desanuviar, mas era Fiódor,
estava me afogando na desventura.
A vida sempre tráz dor... Por que ser cético?
Por que não dá uma chance ao amor?
Como é difícil abrir-se, ao que se quer... Ao poético.