SURPREENDENTEMENTE

Foi por nada, e por que cantou?

Por que haveria de entoar, bonança?

E a meia voz singela, uma romança,

Seria uma defesa, que importa, entoou.

Era setembro, pra cá é muito vento,

que trazia a impressão de esperança,

sensação avassaladora, a quem se ama,

abalado sem ação, preso ao pensamento.

Não sei como... Dei de parar numa leitura,

talvez desanuviar, mas era Fiódor,

estava me afogando na desventura.

A vida sempre tráz dor... Por que ser cético?

Por que não dá uma chance ao amor?

Como é difícil abrir-se, ao que se quer... Ao poético.

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 25/10/2011
Reeditado em 25/11/2014
Código do texto: T3297837
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