AMOR ESTRANGEIRO
Escrevia-te versos contigo sonhando,
A tua terra cantei, teu rubro quinhão,
Que de calor secou pobre coração
Deste varão que vive só em ti pensando.
Foste rainha do meu viver prazenteiro
Que muitas noites te ouvi sonhar,
Ao meu lado, no meu peito, sussurrar:
Te amo tanto, amor estrangeiro!
Mas o mundo subverteu nosso amor,
Nos lançou para longe com rigor,
E nós não nos conhecemos mais.
Se éramos tão íntimos em tantos versos
Que eu te propunha amores imersos,
Por que não voltamos para os versos tais?
(YEHORAM)