No País do ‘tetra’, um sonho quase impossível,
Na terra do ‘Rei do Futebol’ apesar da ‘cor’ e formação,
No celeiro da ‘linguagem poética’ do mundo em extinção,
Ainda há tempo para alguém mostrar o imprescindível.

Porque ainda resiste à corrosão do ditador em crescimento:
Do se fazer, ser caso extremo, retificando a imperfeição;
Do se punir, ser relativo, alguns merecem consideração;
Do se ajudar, ser uma troca em prol do favorecimento.

Graças a Deus ainda existe neste Universo em desencanto
Pessoa livre com ideal; pessoa que se condói em prantos,
Que atentam às necessidade deste paraíso de serpentes.

E o pior é que elas um dia já foram gentes
Convivendo com estas mesmas tristes brutalidades,
Mas que por um acaso do destino tiveram outra felicidade.

                              (ARO. 1994)