POEMAS ENGANADOS!

Absorta, semeio palavras no papel

e tão angustiada por tudo ser incerto,

planto, com gosto, flores no deserto.

Desejo tornar a vida menos cruel...

Não sei porquê o faço, o que me impele,

se em todos nós o destino está inserto!

Se p’ra cada um o fim é sempre certo,

Que seja o Amor... a nossa gota de mel...

E as palavras semeadas poemas serão.

Doces, virtuosos ou até apaixonados,

eles terão em si o conforto do Verão...

Mas se forem tristes, decepcionados,

como flores que no deserto morrerão,

serão, só e apenas, poemas enganados!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 26/12/2006
Código do texto: T327875