POEMAS ENGANADOS!
Absorta, semeio palavras no papel
e tão angustiada por tudo ser incerto,
planto, com gosto, flores no deserto.
Desejo tornar a vida menos cruel...
Não sei porquê o faço, o que me impele,
se em todos nós o destino está inserto!
Se p’ra cada um o fim é sempre certo,
Que seja o Amor... a nossa gota de mel...
E as palavras semeadas poemas serão.
Doces, virtuosos ou até apaixonados,
eles terão em si o conforto do Verão...
Mas se forem tristes, decepcionados,
como flores que no deserto morrerão,
serão, só e apenas, poemas enganados!