REFLEXOS DA VIDA
Na longa noite escura e tenebrosa,
Desesperada a procurar por ti
Entre ruas e vielas resvalei chorosa
Lamentando triste o amor que perdi
Amarga desdita! Sorte horrorosa!
Jogada ao léu, só o que plantei, colhi
E diante da vivência dolorosa
O fel da desventura cruel, sorvi
Onde foi parar aquela arrogância?
Todo o insano orgulho com o qual vivi?
Por certo toda a minha intolerância
Ditou o fatal mergulho, mereci.
Espalhei vento e colhi tempestade
Semeei abandono e só colhi saudade.
Fátima Almeida
A título de esclarecimento, estes versos são
frutos da inspiração do meu "eu" lírico e nada
têm a ver com a minha vida pessoal.