ANTIGO AMOR

Na alma dum poeta solitário

Pululam as noites açodadas

Pelos desertos do santuário

Entre as palmeiras desatadas.

Já nasce na noite breus vazios

Sentam-se ao lado para compor

Soturnos versos e sombrios

Que lembram deste antigo amor.

E um corpo exangue sobre o leito

Das brumas de meus devaneios

Em fumos sobem pela escuridão.

Ao sonhar, a alma, sonho perfeito

Que tropeça, lânguida, em seus receios,

Tropeça na própria ilusão.

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(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 01/10/2011
Reeditado em 10/06/2015
Código do texto: T3252285
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