PRENDA

Bem devagar, cai do céu um poema,

vem mansamente, um anjinho, tão lento,

paira embalado ao carinho do vento

e traz consigo, nas asas, seu lema:

“Sorver do amor e emanar paz suprema!”

Vem a bailar, em sutil movimento,

colhe na brisa, em frescor, o alimento

para cuidar de uma flor, do meu tema.

Esse poema que vaga nos ares

e se aproxima, a sagrar meus altares,

tem, dentro em si, a mais doce encomenda.

Devo ampará-lo, suave, no colo,

para impedir queda brusca no solo,

pois ele traz o meu bem, minha prenda!

(Primeira publicação em 24 de setembro de 2010).

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 30/09/2011
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T3249269
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