Tateio na noite vaga
Procurando por você
Eu me lembro vida amarga,
Quanto doeu lhe perder.
Minha voz, então se embarga,
Fico a perguntar por quê
Cravando no peito a adaga
A vontade de morrer...
Amanhã, pouco me importa.
Se virá e o que me traz,
Destino fechando a porta
Tudo ficando pra trás
Minha vida segue torta
Anda morta a minha paz...
Marcos Loures
Esquecer-te
Edir Pina de Barros
Não me esquecerei, jamais,
daquele instante tão triste
do dia em que tu partiste
deixando-me só no cais.
Sofri e chorei demais,
a dor me maltrata e insiste,
que o coração não resiste,
padece entre prantos, ais.
Oh! Meu amado! Receio
morrer longe de teus braços,
quis esquecer-te e não pude.
Teu amor é meu esteio,
o caminho de meus passos,
a minha luz, completude.
Procurando a cada passo
O que trouxe ao meu futuro
Na verdade o quanto traço
Em tristezas configuro,
Bebo a fonte do cansaço
Meu amor, quando amarguro,
Trago os sonhos neste laço
Onde o medo vai seguro,
Noite afora, peito aberto,
Coração já sem cuidado,
No caminho onde deserto
No cenário aonde invado,
Meu presente ora desperto
Nas entranhas do passado.
Marcos Loures
Inverno
Edir Pina de Barros
Das entranhas do passado
desenterro os versos meus
a lembrar dos olhos teus
teu jeitinho enamorado;
e tudo que eu hei sonhado
desfez-se com triste adeus,
e agora não sei, ó, Deus,
como vencer este enfado.
Sem ti a vida é deserta,
e viver já nem me importa,
sem o teu amor superno.
Oh! Meu amado!Desperta!
O outono já bate à porta
E logo virá o inverno.
O meu canto poderia
Talvez novas esperanças
Onde reina a fantasia
E deveras tu me lanças,
O meu sonho em poesia
As palavras bem mais mansas,
O meu mundo se faria
Em sublimes alianças
Coração mineiro tem
O tamanho deste sonho,
Descarrila inteiro o trem
E o meu passo recomponho
Nas entranhas deste bem,
Céu azul, claro e risonho.
Marcos Loures
Se feito trem descarrila
esse coração mineiro,
no trilho o ponho ligeiro,
moldando-o feito uma argila;
sob a lua que cintila,
alumiando esse terreiro,
sentindo, da rosa, o cheiro,
que a doce brisa destila;
te darei rumo e sentido,
aconchego, pão e vinho,
aqui, ali, onde for.
terás sempre o meu amor,
meu bem querer, meu carinho
ó, meu poeta querido.
Edir Pina de Barros
Quando a vida se apresenta
E demonstra o quanto aponte
A visão de uma tormenta
Nublando belo horizonte,
Mas no amor que me apascenta
A certeza que desponte
Do que tanto mais sedenta
Minha sorte em ti a fonte,
Esperança mais audaz
Ouço a voz do coração
Que decerto o quanto traz
Expressasse esta emoção
Do que possa e satisfaz
Num lampejo em eclosão.
Marcos Loures
Esperança
Edir Pina de Barros
Esperança mais audaz
eu trago dentro do peito,
que o tempo nunca desfaz
e aquece o frio no leito.
O meu amor é tenaz,
não é mesquinho ou estreito,
nem muito menos fugaz,
nem carrega preconceito.
É doce e polpudo ingá,
no tempo certo colhido,
tão suculento e macio.
E, feito o lobo guará,
é forte, tão destemido,
tempestade em pleno estio.
Amor que move montanhas
E transforma o dia a dia
Modifica velhas sanhas
Traz o quanto amor queria,
As partidas sendo ganhas
Nos pendores da alegria
Tem deveras tantas manhas
Não é simples utopia,
Cabe o mundo no meu peito
No meu peito outro universo
Quando em sonhos claros deito,
Para além do mundo verso,
Tendo amor como meu pleito
Nos teus braços sigo imerso.
Marcos Loures
Meu amor, vou te contar,
é forte feito um rochedo,
não conhece pejo e medo,
é mais profundo que o mar.
Eu só sei amar e amar,
sem limites, sem segredo,
e nos teus braços, aedo,
quisera poder sonhar.
Reter-te entre os braços meus,
sem fronteiras, sem dilemas,
e sem desejo inconfesso.
Desvelar os sonhos teus,
por detrás desses poemas,
tocar tu’alma do avesso.
Edir Pina de Barros
Procurando por você
Eu me lembro vida amarga,
Quanto doeu lhe perder.
Minha voz, então se embarga,
Fico a perguntar por quê
Cravando no peito a adaga
A vontade de morrer...
Amanhã, pouco me importa.
Se virá e o que me traz,
Destino fechando a porta
Tudo ficando pra trás
Minha vida segue torta
Anda morta a minha paz...
Marcos Loures
Esquecer-te
Edir Pina de Barros
Não me esquecerei, jamais,
daquele instante tão triste
do dia em que tu partiste
deixando-me só no cais.
Sofri e chorei demais,
a dor me maltrata e insiste,
que o coração não resiste,
padece entre prantos, ais.
Oh! Meu amado! Receio
morrer longe de teus braços,
quis esquecer-te e não pude.
Teu amor é meu esteio,
o caminho de meus passos,
a minha luz, completude.
Procurando a cada passo
O que trouxe ao meu futuro
Na verdade o quanto traço
Em tristezas configuro,
Bebo a fonte do cansaço
Meu amor, quando amarguro,
Trago os sonhos neste laço
Onde o medo vai seguro,
Noite afora, peito aberto,
Coração já sem cuidado,
No caminho onde deserto
No cenário aonde invado,
Meu presente ora desperto
Nas entranhas do passado.
Marcos Loures
Inverno
Edir Pina de Barros
Das entranhas do passado
desenterro os versos meus
a lembrar dos olhos teus
teu jeitinho enamorado;
e tudo que eu hei sonhado
desfez-se com triste adeus,
e agora não sei, ó, Deus,
como vencer este enfado.
Sem ti a vida é deserta,
e viver já nem me importa,
sem o teu amor superno.
Oh! Meu amado!Desperta!
O outono já bate à porta
E logo virá o inverno.
O meu canto poderia
Talvez novas esperanças
Onde reina a fantasia
E deveras tu me lanças,
O meu sonho em poesia
As palavras bem mais mansas,
O meu mundo se faria
Em sublimes alianças
Coração mineiro tem
O tamanho deste sonho,
Descarrila inteiro o trem
E o meu passo recomponho
Nas entranhas deste bem,
Céu azul, claro e risonho.
Marcos Loures
Se feito trem descarrila
esse coração mineiro,
no trilho o ponho ligeiro,
moldando-o feito uma argila;
sob a lua que cintila,
alumiando esse terreiro,
sentindo, da rosa, o cheiro,
que a doce brisa destila;
te darei rumo e sentido,
aconchego, pão e vinho,
aqui, ali, onde for.
terás sempre o meu amor,
meu bem querer, meu carinho
ó, meu poeta querido.
Edir Pina de Barros
Quando a vida se apresenta
E demonstra o quanto aponte
A visão de uma tormenta
Nublando belo horizonte,
Mas no amor que me apascenta
A certeza que desponte
Do que tanto mais sedenta
Minha sorte em ti a fonte,
Esperança mais audaz
Ouço a voz do coração
Que decerto o quanto traz
Expressasse esta emoção
Do que possa e satisfaz
Num lampejo em eclosão.
Marcos Loures
Esperança
Edir Pina de Barros
Esperança mais audaz
eu trago dentro do peito,
que o tempo nunca desfaz
e aquece o frio no leito.
O meu amor é tenaz,
não é mesquinho ou estreito,
nem muito menos fugaz,
nem carrega preconceito.
É doce e polpudo ingá,
no tempo certo colhido,
tão suculento e macio.
E, feito o lobo guará,
é forte, tão destemido,
tempestade em pleno estio.
Amor que move montanhas
E transforma o dia a dia
Modifica velhas sanhas
Traz o quanto amor queria,
As partidas sendo ganhas
Nos pendores da alegria
Tem deveras tantas manhas
Não é simples utopia,
Cabe o mundo no meu peito
No meu peito outro universo
Quando em sonhos claros deito,
Para além do mundo verso,
Tendo amor como meu pleito
Nos teus braços sigo imerso.
Marcos Loures
Meu amor, vou te contar,
é forte feito um rochedo,
não conhece pejo e medo,
é mais profundo que o mar.
Eu só sei amar e amar,
sem limites, sem segredo,
e nos teus braços, aedo,
quisera poder sonhar.
Reter-te entre os braços meus,
sem fronteiras, sem dilemas,
e sem desejo inconfesso.
Desvelar os sonhos teus,
por detrás desses poemas,
tocar tu’alma do avesso.
Edir Pina de Barros