JUNTO A TI
Marcos loures

Quando partiste levaste junto a ti
Decerto a melhor parte de uma vida
Deveras tantas vezes tão sofrida

E devo te dizer que assim perdi

O rumo e procurando desde aqui,
Após a tempestade uma saída
Quem ama e não consegue, pois, duvida
E em meio aos pesadelos eu morri

No instante que tu foste, meu amado,
O tempo amanhecendo mais nublado
Manhãs em brumas tantas envolvidas.

E assim ao te saber longe de mim,
A vida vai chegando mesmo ao fim
Meus versos são as minhas despedidas..


 

SEM TI 
Edir Pina de Barros


Oh! Minha amada! Que tristura sinto!
É grande a solidão que em mim s’aninha,
Andando ao léu relembro que eras minha,
Das horas  de prazer, do vinho tinto.
 
Tu sabes que tu és minha rainha,
Sem ti a minha morte eu pressinto
E vago neste escuro labirinto,
Sentindo o próprio fim que s’avizinha.
 
Não sei viver sem ti, ó, minha amada!
Pensando em ti eu passo a madrugada
E assim me morro à míngua, meu amor.
 
Tu és razão de meu viver, querida,
E entrego em tuas mãos a minha vida
Pois és minha rainha, minha flor!
 





Amado quando vejo em teu olhar
O sonho mais suave e mais audaz
O tanto que esperança a vida traz
Permite neste instante mergulhar,

Melífera expressão de céu e mar,
O mundo que deveras satisfaz
Pudesse plenamente ter na paz
O quanto em ti procure revelar,

Nas tramas e nas chamas mais vorazes
Razão para viver, e tanto fazes
Que a vida em novas fases renascesse,

Do sonho mais sutil que me entranhasse
O raro amor ditando o desenlace
No quanto nosso sonho oferecesse.

Marcos Loures



Que vale a vida sem ti, ó, morena!
Sem teus abraços mornos que me enlaçam,
Os teus olhares que os meus embaçam...
Tem dó de mim! Morena! Oh! Tem pena!
 
Só tu me trazes paz, que é doce, amena,
Não sinto nem as horas que se passam,
Se teus olhinhos me procuram, caçam...
E sinto teu cheirinho de açucena!
 
Há tanto tempo que sozinho espero...
Deixa de lado teu jeitinho austero,
Desnuda-te de tudo! De teu pejo!
 
Morena que eu canto e que versejo,
Dá-me o amor! Vem! Mata meu desejo!
Porque ninguém te quer como te quero!


Edir Pina de Barros



Desejo o teu desejo como possa
A vida ser decerto muito além
Do sonho que em verdade quando vem
Transforma toda sorte, fosse nossa,

No encanto onde teu corpo já se apossa
Deste cenário raro feito em bem
E nisto o quanto queira e nos convém
Deveras nem o tempo mais destroça,

Eu quero o teu querer amado meu,
Meu mundo no teu mundo conheceu
O quanto deva enfim ser mais feliz,

Ascendo ao paraíso que me dás
Na orgástica loucura feita em paz,
O tanto que desejas; sempre eu quis...

Marcos Loures


Vou cochichar baixinho em teus ouvidos
Falando-te de amor dos mais ousados,
De meus desejos loucos, sufocados,
Do quanto tu me roubas meus sentidos...

E co’s meus lábios já nos teus pousados,
Vou te fazer carinhos atrevidos,
Daqueles dos mais loucos,desmedidos,
Nos seios teus pequenos, delicados...

Eu vou amar-te sem receios, medos,
E sem pensar em nada teu serei
Como ninguém jamais me teve a mim...

Eu beijarei teus lábios cor carmim,
Do modo mais ousado amar-te-ei
Desvelarei teu corpo e seus segredos!

Edir Pina de Barros

O sonho que permita esta loucura
Que agora nos invade plenamente
E o tanto que de fato se apresente
Moldando esta emoção que assim perdura,

Vagando pela noite em tal brandura
O quanto se anuncia e se pressente
Na lúbrica emoção, no amor que sente
A senda mais audaz, voraz candura.

Teu corpo no meu corpo uma invasão
Provoca no final esta erupção
Vulcânica fartura em tanto gozo,

Num ato mais sublime e sensual
Profana maravilha que carnal
Permite este cenário majestoso...

Marcos loures


Vulcânica explosão dita o prazer
Que sobre a tez em lavas se derrama,
Mantendo incandescente a forte chama
Do amor que dentro em nós nos faz viver.

Dita o prazer vulcânica explosão
Que irrompe em nossos corpos orvalhados,
Loucos d’amor, os dois entrelaçados,
Na força da volúpia e da paixão.

Murmúrios d’emoção que, das gargantas,
escapam a traduzir carícias tantas,
na intimidade morna de nós dois.

Nós, lânguidos amantes desmedidos,
Olhamos, um ao outro, enternecidos
Entregues ao silêncio do depois.

Edir Pina de Barros

O sonho mais audaz se faz assim
Enquanto o dia a dia me inundando
Da fúria em prazer se revelando
Vivendo o quanto possa dentro em mim,

No quanto meu caminho traz enfim
O sonho no teu corpo tatuando,
Meu verso pouco a pouco te entranhando
O encanto mais audaz nosso jardim.

Na polinização em rara luz
O mundo que ao teu passo me conduz
Encontra nos teus braços o que um dia

Meu canto se inundando de emoção
Os dias mais felizes mostrarão
O quanto deste encanto amor traria.

Marcos Loures

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 23/09/2011
Reeditado em 23/09/2011
Código do texto: T3236929
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