"CONTROVÉRSIAS"

Quem ama esquece: palpita o coração

Quem vê cara, já não tem a mesma opinião

Na terra de cego, vale tudo, diz o ardiloso

Quem tudo quer, não passa de um guloso.

Quem ama dois senhores, é esperto: afirma o racional

Quem oferece a outra face, pode ser anormal

Na casa de ferreiro, tudo é de pau: comenta o vizinho

Quem tem algum dinheiro, nunca se vê sozinho.

Quem semeia vento, é poderoso; vende tempestade

Quem avisa, amigo é, ou receia punição

Na riqueza e na pobreza, há sinais de confusão.

Quem dá ao pobre, é coitado, perdeu mais um quinhão

Quem corre atrás, já é sabido, jamais será lembrado

E na dúvida, pra decidir, melhor é estar acordado...

(ARO. 1996)

Profaro
Enviado por Profaro em 21/09/2011
Reeditado em 21/09/2011
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