Cheiro de caju

Oh! Meu amor! Tu tens um doce cheiro
que exala desse corpo teu molhado,
e nos teus lábios tenros tens guardado
o beijo que desejo, se te beiro.

Tens cheiro de caju, ó, meu amado!
E o gosto que só tem o amor primeiro,
e causas dentro em mim calor, braseiro,
d’um jeito que jamais eu hei sonhado.

Se existe alguém nos sonhos meus, és tu!
Eu amo o teu olhar, que me fascina
e que me envolve em nuvens de desejos.

Eu quero o teu amor, sem quaisquer pejos,
sorver dos lábios teus a cajuína,
roubar-te o doce cheiro de caju.
 
Brasília, 20 de Setembro de 2011.
 
Pura chama, pg. 36
Sonetos selecionados, pg. 55


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/09/2011
Reeditado em 17/10/2020
Código do texto: T3231008
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