Bem querer
Edir Pina de Barros


A fonte ressurgindo onde secara,
a transbordar as gotas de prazer,
banhando-me com água doce e clara,
penetra nos meus poros, alma e ser;
 
a fonte, que secou, volta a correr,
com tanta limpidez, outrora rara,
tornando mais alegre o meu viver,
fazendo-me sentir a bela Iara.
 
Entrego-me ao prazer das mornas águas,
alheia a tudo, medos, dores, mágoas,

morrendo-me de amor, eu me deleito.
 
Oh! Fonte de prazer! Oh! Doce fonte!
O mar é o nosso fim, nosso horizonte
mas quero ser areia no seu leito.

 
Brasília, 13 de Setembro de 2011.

Livro POESIA DAS ÁGUAS, pg. 109
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 19/09/2011
Reeditado em 18/07/2020
Código do texto: T3227763
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