"ETERNAMENTE"
Saudade que se me aflora
Pertinente à dor de uma separação
Inevitável perda, que o peito chora,
Provocada sem qualquer contestação.
Por razões Divinas, minh’alma agora
Sufocada vive em perturbação,
Foi-se para sempre, ela foi embora,
Nem se despediu, feriu meu coração.
A saudade perde, pois onde mora
É a busca de todos, lá não há distinção.
Lá é o ideal, isto ninguém ignora.
Mesmo na certeza, perdoa-me, Senhora,
Estas lágrimas quentes, saudosas, “São”,
Pelo amor e respeito que há desde outrora.
(ARO. 1991)