"VÉU MISTERIOSO"

Você não vale o meu sorriso;

Nem uma lágrima eu verterei,

Nem por ti o sono eu perderei.

Você não merece o meu improviso.

Você não vai tirar-me a calma;

Nem por você a paz eu perderei,

Nem meias-palavras por ti gastarei.

Você só confunde a minha alma.

Você não é brisa; é meu maior tormento.

Faz parte de mim, do meu segmento.

Você me é um dilema, impreciso corte.

Você me é um lamentável engano.

É o ponto-final... É o cair do pano.

Véu de mistérios... Infalível morte.

(ARO. 1992)

Profaro
Enviado por Profaro em 17/09/2011
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