"VÉU MISTERIOSO"
Você não vale o meu sorriso;
Nem uma lágrima eu verterei,
Nem por ti o sono eu perderei.
Você não merece o meu improviso.
Você não vai tirar-me a calma;
Nem por você a paz eu perderei,
Nem meias-palavras por ti gastarei.
Você só confunde a minha alma.
Você não é brisa; é meu maior tormento.
Faz parte de mim, do meu segmento.
Você me é um dilema, impreciso corte.
Você me é um lamentável engano.
É o ponto-final... É o cair do pano.
Véu de mistérios... Infalível morte.
(ARO. 1992)