LEVEZA
Eu refletindo a luz solar, colhendo pratas,
entoo cânticos sublimes e dourados;
semeio polens lá nos chãos das virgens matas
de nossos céus, que florirão mil dons alados.
Pleno me entrego a deslizar sobre cascatas
das alegrias e harmonia dos amados,
então revejo as tais fadinhas acrobatas
que em certo dia revoaram em meus prados.
Quando me vês cantando alegre, intensamente,
tu me perguntas o porquê do sol aberto
em minha face, no semblante resplendente...
E eu te respondo, entrando em ti, voadoramente:
É que sentindo-te a leveza assim, de perto,
a paz em mim se faz em carne, um ser vivente.