Dueto com Marcos Loures
VIESTE
Vieste qual trovão em noite escura
Iluminando a senda em alto brado
Aonde havia o medo emoldurado
Cenário que deveras nos tortura
Chegaste num rompante e da loucura
Do amor se fez um tempo anunciado
Em glória e pesadelo gozo e enfado
Doçura se inundando em amargura.
Assim ao te sentir tão inconstante
O sonho se desfez no mesmo instante
Em que se torna viva esta saudade
E sendo-te fiel, porém nem tanto
Agora em meio à luz e ao desencanto
Diverso sentimento já me invade.
Marcos Loures
Beija-flor (2)
Edir Pina de Barros
Cheguei! E feito raio em noite escura,
risquei a tua tez firme e morena,
beijei-te a doce boca que, serena,
desabrochou-se, sem pudor, censura.
E num rompante de paixão, loucura,
sentindo o teu perfume d’açucena,
naquela noite escura e mui amena,
roubei dos lábios teus o mel, doçura.
Porém sou beija-flor, breve, inconstante,
eu roubo o mel e voo p’ra distante,
em busca d’outro amor, paixão, carinho.
Mas sou fiel, pois volto à mesma flor
para roubar o doce mel do amor,
que sorvo lentamente, feito um vinho.
Brasília, 13 de Setembro de 2011.
Pura chama, 80
Ariadne Cavalcante a declamou. Vide:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/43799
VIESTE
Vieste qual trovão em noite escura
Iluminando a senda em alto brado
Aonde havia o medo emoldurado
Cenário que deveras nos tortura
Chegaste num rompante e da loucura
Do amor se fez um tempo anunciado
Em glória e pesadelo gozo e enfado
Doçura se inundando em amargura.
Assim ao te sentir tão inconstante
O sonho se desfez no mesmo instante
Em que se torna viva esta saudade
E sendo-te fiel, porém nem tanto
Agora em meio à luz e ao desencanto
Diverso sentimento já me invade.
Marcos Loures
Beija-flor (2)
Edir Pina de Barros
Cheguei! E feito raio em noite escura,
risquei a tua tez firme e morena,
beijei-te a doce boca que, serena,
desabrochou-se, sem pudor, censura.
E num rompante de paixão, loucura,
sentindo o teu perfume d’açucena,
naquela noite escura e mui amena,
roubei dos lábios teus o mel, doçura.
Porém sou beija-flor, breve, inconstante,
eu roubo o mel e voo p’ra distante,
em busca d’outro amor, paixão, carinho.
Mas sou fiel, pois volto à mesma flor
para roubar o doce mel do amor,
que sorvo lentamente, feito um vinho.
Brasília, 13 de Setembro de 2011.
Pura chama, 80
Ariadne Cavalcante a declamou. Vide:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/43799