Morrer...
Como na metamorfose, da lagarta à borboleta...
Morro a cada instante longe de meu pai.
Vejo nesses dias distantes de sua voz...
O quanto sua falta a mim esvai.
Quando encontro as pedras dispostas no caminho...
Lembro do meu ninho de um tempo atrás...
E percebo sem viço o quanto seu martírio...
Fora amar demais.
Pai, desvelado amigo, o verdadeiro e mais brando...
Dos meus afetos reais...Hoje está em Terras...
Mui retiradas, nem sei onde ficam, ou com quem andais...
Só sei num vislumbre, que viver sem ti...
È morrer sem paz, é correr entre espinhos...
É entoar um canto mordaz.