Labirinto
O passado ressurge delineado pelo momento
como sombra sorrateira rebentar de desejo
ânsia desenfreada da paixão meu alimento
curvo-me diante do reflexo em que me vejo
Delírios conflitantes numa alma extasiada
Percorro num labirinto de emoção infinda
Revela segredo adormecido face disfarçada
pela linha do tempo que permanece ainda
Entre muralhas invisíveis velho sentimento
Emerge na superfície do amor quiçá eterno
memória dos amantes dispensa entendimento
Sorriso atrevido em meus lábios sedentos
encontro os seus àvidos despidos de temores
Deixamos cair as vestes do que foi, meu alento