PERFUME E FRUTA DO DESEJO
Qual o perfume que em brisa quando atenta,
Abrindo meu dia nesta suave pele pós-banho,
Mais ainda cresce o meu desejo sem tamanho,
A te beijar, nesta vontade que não se agüenta.
Tal qual d’uma doce fruta que você representa,
Te devorar por inteira não me parece estranho,
E devo mil graças pelo teu corpo que assanho,
Nesta sua delicadeza de mulher que atormenta.
Quão, inda não jurei o que de ti nada me tolha,
Faço-o a gosto olhando para tua linda tez clara.
E nela..., como nos raios d’um sol, me esquento...
Como num fim de outono a cair a última folha,
Tu és a bela primavera que pra mim se declara.
Ondulando-se, busca-me para o acasalamento.