ETERNA CLARIDADE
Talvez teu coração não me notasse,
Ou os teus olhos foram vitimados
Por algo que os fizesse embaçados,
Uma ilusão, que tua visão turvasse,
Quem sabe, por motivos ignorados,
D'uma mágica, sucedeu um passe,
A que eu, despercebido, te passasse,
Enquanto estava sempre ao teu lado?
O céu escureceu, é bem verdade,
Pois, as estrelas todas, eu colhi,
Conquanto lhes faltasse um guardião
E abriguei-as no meu coração,
Para, mais tarde, entregar a ti,
Dando-te, enfim, eterna claridade.
ETERNA CLARIDADE
Na pureza de minha alma meu coração pequenino
Olvidava poder vislumbrar em teus olhos o encantar
Teu sentir teu querer absoluto sonho intenso amar
Sentia meu íntimo a certeza de que és meu destino!
Quem sabe um mundo turvasse não o meu enxergar
E sim por seres grande sol, brilhante estrela luzidia
Tímida estrela pequenina, amando-te - não percebia
Que sempre estiveste a meu lado * fascínio a me amar
Procurei tocar tuas mãos, abraçar-te minha felicidade
Turvos meus olhos não divisavam as estrelas no céu
Uma a uma tu as colheste com teu lindo incontido amor
Abrigaste todas as estrelas em teu coração meu esplendor
Extasiado de tanto amor do meu rosto tiraste o escuro véu
Entregaste-me todas elas, dando-me amor, eterna claridade!
(Marllene Borges Braga)