A MANHÃ TOCOU-ME
A manhã tocou-me leve o rosto,
O brilho do sol me despertou contente
Depois da noite choro de desgosto,
A leda luz do dia é vida iminente.
Que sou eu, de fato, ao despertar do dia,
Me deparando com inominadas venturas;
Inesperada sorte que nada valia,
Que na face as rugas perdidas futuras?
O céu azul tão claro e brancas nuvens
Não sabem que no peito infausta procela
Troa despiedada intimidando a homens.
Mas o coração anseia ver a luz mais bela
Mais que ver um sonho com todos seus bens
É acordar contente sobre a cama dela.
(YEHORAM)