ENTREGO-ME AO MAR
Soberbo mar, que a vista não cansa de olhar,
Passa o tempo e eu vendo nas ondas o vento,
Espirram as espumas lindas e brancas a bailar,
A livrar-me das incertezas d’meu pensamento.
Ó mar que mesmo calmo em suas quebranças,
A beijar o sol na majestosa linha do horizonte,
Traz-me neste aroma sal as minhas lembranças,
Nas asas das gaivotas em pleno vôo triunfante!
Este mar imenso, tão mundo mar, é meu agora!
Neste cenário que me fotografa emoções afora,
Qual farol eu fico a vigiar e deslumbrar belezas.
Ó mar azul..., que contagiante esconde riquezas,
Leve-me a navegar minha alma em correntezas,
Em seus túmulos piratas, das mortes de outrora!