FALSA LIBERDADE

E eu que nesta vida tanto abri dela mão,

Achei melhor gozar o melhor da liberdade,

Se o perdimento me fez parte desta orfandade

Que alienada independência causa ao coração.

Por toda esta ventura que me foi concedida,

Não vejo tanto nesta vida a me gabar,

Senão do quanto fui capaz de amar

A mulher a quem chamei minha querida.

Pensei talvez, pensei melhor me fora

Que escravo eu continuasse duma convenção!

Mais perto eu estaria do contentamento:

Ouvir os meus dias como ave canora,

Acordes anfêmero da mesma canção,

Melhor que todo dia esse tormento.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/09/2011
Reeditado em 05/01/2013
Código do texto: T3199782
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