LÚGUBRE NOITADA

De novo eu vou à lúgubre noitada,

Mas, aquela que viperina me atraiçoara,

Pois nesta sexta, que solidão atada!

Adentrei a madrugada que me acordara.

Eu que só sei que me vejo vivo agora,

Amanhã não sei se o que vejo é a morte,

Não sei nem se quando vou-me embora,

Se chegarei em casa em mesma sorte.

Quantas vezes quis recostar-me em lage fria

Que por ventura me entregara em agonia!

Mas as vezes quis viver eternamente.

Foi por um gozo, foi por curto prazer

Que desejei eternizar o meu viver,

Mas foi por curto prazer simplesmente.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/09/2011
Reeditado em 04/09/2011
Código do texto: T3199731
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