SOL CORRENTE
No pensamento que me findava a tarde,
Sentia tristeza no toque do rompimento,
Uma emoção que magoava tão covarde,
Sem a compaixão do meu átrio lamento.
Á quem me diga que coração é só nostalgia,
Onde lá no alto rio da serra tudo se esquece,
Agora que meu sol já então não amanhece,
Com lágrimas dentro de mim serei noite fria.
Mas, desta correnteza o triste virá fecundo,
Por detrás desta felicidade..., que me chora,
Cortando os breus com os açoites do mundo...
O sol, ó milagre já me volta! É outra aurora!
Veio me trazer a sorte num raiar de segundo,
Onde deságuo o meu mal do meu peito afora.