CILADA
Vi nos sonhos uma serpe venenosa
Que enroscava em minhas pernas, me mordia,
Eu percebi uma dor queimando aguçosa
Que em minhas veias atroz percorria.
O sonho me parecia a realidade,
Ao ver que coisa horrenda me acontecia
Espavorido, despertei na claridade,
Me indagando: quem será que me urdia?
No meio do meu povo forjava o inimigo
Infiltrado em nosso meio, em nosso abrigo,
Ergueu maldosamente a sua espada.
Enquanto eu lhe estendia a mão amiga
Sem suspeitar de sua raiva antiga,
O falso me tramou grande cilada.
(YEHORAM)