Enquanto vive
Pensei no fim do amor, desmerecido.
Não sei por que razão fui desprezado
E por pensar no adeus, entristecido
Chorei à solidão que fui deixado.
Por não saber da culpa ou do culpado,
Amei demais: não fui correspondido!
Fui verdadeiro, mas despedaçado!
Julguei eterno, o agora interrompido...
Se todo caso é fim, mesmo o que dura
Meu peito solitário em vão murmura.
O tempo arrasou tudo... Eu inclusive.
Mas, aprendi no meu triste destino
Que toda experiência é um ensino
E o amor é a própria vida, enquanto vive.