INCOERÊNCIA
Ao procurar o cheiro teu em minha vida,
eu não consigo mais senti-lo, desvendá-lo...
E o teu encanto desbotado na belida
dos olhos d'alma, que me nega contemplá-lo...
E no vazio desta ausência em mim perdida,
no paradoxo de infindável intervalo,
peno ser livre em labirinto sem saída...
Eu sem arreios... Libertaste o teu cavalo!
Acostumar-me à realidade de não ter
tua paixão manipulando o meu viver...
Aprisionado à liberdade das esquinas...
Eis a rotina que, ao destino, ora proponho.
Porém me pego a recolher, no alvor tristonho,
recordações do amor que pairam nas neblinas...