Soneto

Em cada santo, um desencanto

Em cada canto, Um espanto

Em cada beijo, um desejo

Em cada lágrima, um fim

Na lagoa do caos, dorme uma palavra nua

gelada de dor, por agredir uma rosa crua

que respira brilho de poesia, que exala alegria

Que dança e canta com o amanhecer do novo dia.

O poeta finge com a dor,

O ator é antagonista da própria cena,

Enquanto o santo derrama descrença.

Pregam a razão na cruz,

O circo festeja com a corrupção,

E o povo aplaude com o pão na mão.

Pablo Diego
Enviado por Pablo Diego em 20/08/2011
Reeditado em 20/08/2011
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