Soneto
Em cada santo, um desencanto
Em cada canto, Um espanto
Em cada beijo, um desejo
Em cada lágrima, um fim
Na lagoa do caos, dorme uma palavra nua
gelada de dor, por agredir uma rosa crua
que respira brilho de poesia, que exala alegria
Que dança e canta com o amanhecer do novo dia.
O poeta finge com a dor,
O ator é antagonista da própria cena,
Enquanto o santo derrama descrença.
Pregam a razão na cruz,
O circo festeja com a corrupção,
E o povo aplaude com o pão na mão.