Sonetos?
Sonetos? Tão retrógrado escrevê-los!
Contar, medir as sílabas poéticas,
buscar as rimas, com rigor, com zelos,
e, no parnaso, novas imagéticas.
Imagens engessadas são patéticas!
Melhor deixar de lado tais modelos
e métodos, linguagens tão herméticas...
Sonetos, não, me nego, enfim, a lê-los.
Mas para quem se escreve bons sonetos?
Melhor sair do espaço desses guetos...
Retrô demais, soneto é démodé.
Melhor falar dos outros, coisa assim,
fazer balbúrdia ou algo mais chinfrim,
ou ver novela nova na tevê.
Brasília, 19 de Agosto de 2011.
ESTILHAÇOS, pg. 85
Sonetos? Tão retrógrado escrevê-los!
Contar, medir as sílabas poéticas,
buscar as rimas, com rigor, com zelos,
e, no parnaso, novas imagéticas.
Imagens engessadas são patéticas!
Melhor deixar de lado tais modelos
e métodos, linguagens tão herméticas...
Sonetos, não, me nego, enfim, a lê-los.
Mas para quem se escreve bons sonetos?
Melhor sair do espaço desses guetos...
Retrô demais, soneto é démodé.
Melhor falar dos outros, coisa assim,
fazer balbúrdia ou algo mais chinfrim,
ou ver novela nova na tevê.
Brasília, 19 de Agosto de 2011.
ESTILHAÇOS, pg. 85