Falenas
Aarão Filho
Passa doce, o vento, entre as flores;
Debulha suas pétalas, serenas,
Pelo chão, ao relento, suas cores...
Ai! Parece um bando de falenas!...
As folhas, amarelas, ressecadas,
Levam-se pelo vento, distraídas,
E, vão-se, sem quaisquer rotas traçadas,
Suspensas, pelas brisas, despendidas...
Eis a valsa do vento e das flores;
Ele vai sussurrando... Ela dança!
Envoltos, no jardim, é tudo esplendor!...
Ai, e eu que só ouço minhas dores,
Que, nas águas do pranto, em mim, avança,
Qual imensa saudade do meu amor!......
Ciclos I - Falenas
Edir Pina de Barros
O vento, que balança as belas flores,
derruba as suas pétalas pequenas,
também beija teus lábios e melenas,
roubando teus perfumes, teus olores.
E a flutuar nos ares, quais falenas,
as pétalas se vão, feito os amores,
perdendo, pouco a pouco, as suas cores,
nas tardes langorosas, tão serenas.
Valsando vão-se as pétalas da vida
que o tempo aos poucos tira, feito o vento,
que arranca as folhas mortas, outonais.
Falenas! Flores! Vento! Despedida!
Ciclos vitais. Mudá-los eu nem tento,
pois sou apenas uma folha a mais.
Brasília, 16 de Agosto de 2011.
Livro: CICLOS, pág. 25
Sonetos selecionados, pg. 85
vide: http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3164151
soneto de Marco Aurélio Vieira
Aarão Filho
Passa doce, o vento, entre as flores;
Debulha suas pétalas, serenas,
Pelo chão, ao relento, suas cores...
Ai! Parece um bando de falenas!...
As folhas, amarelas, ressecadas,
Levam-se pelo vento, distraídas,
E, vão-se, sem quaisquer rotas traçadas,
Suspensas, pelas brisas, despendidas...
Eis a valsa do vento e das flores;
Ele vai sussurrando... Ela dança!
Envoltos, no jardim, é tudo esplendor!...
Ai, e eu que só ouço minhas dores,
Que, nas águas do pranto, em mim, avança,
Qual imensa saudade do meu amor!......
Ciclos I - Falenas
Edir Pina de Barros
O vento, que balança as belas flores,
derruba as suas pétalas pequenas,
também beija teus lábios e melenas,
roubando teus perfumes, teus olores.
E a flutuar nos ares, quais falenas,
as pétalas se vão, feito os amores,
perdendo, pouco a pouco, as suas cores,
nas tardes langorosas, tão serenas.
Valsando vão-se as pétalas da vida
que o tempo aos poucos tira, feito o vento,
que arranca as folhas mortas, outonais.
Falenas! Flores! Vento! Despedida!
Ciclos vitais. Mudá-los eu nem tento,
pois sou apenas uma folha a mais.
Brasília, 16 de Agosto de 2011.
Sonetos selecionados, pg. 85
vide: http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3164151
soneto de Marco Aurélio Vieira