Retrato desbotado
 
Apenas um retrato desbotado
restou daquele amor, paixão, carinho.
Com quem estás? Não sei! Nem adivinho,
só sei que não estás mais ao meu lado.
 
Sozinha agora estou e só caminho
levando mil lembranças do passado,
pedaços de meu sonho amortalhado,
que a vida triturou, voraz moinho.
 
Pisando as folhas mortas, ressequidas,
Andejo, a repensar as nossas vidas,
que são ligeiras chuvas de verão.
 
Ao fim de tudo restam nostalgias,
retratos desbotados e poesias
inscritas, dentro em nós, no coração.
 
Brasília, 15 de Agosto de 2011.

Seivas d'alma, pg. 88

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/08/2011
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T3161211
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