ALMA JUSTA
Se vi numa vala o boi deste inimigo,
Não passei de largo, ao sofrimento,
Por não querer, eu, ódio do momento,
Para não vir sobre mim maior castigo.
Não há quem mereça tal desprezo
Que na sociedade possa ele viver!
Se meu ódio em brasa enrubecer
Que em vez dele eu que seja preso!
Mas o tempo o ódio abranda e ameniza
Como o frescor do dia no soprar da brisa,
N´alma justa que destroi o mal e o dano.
E se da parte dele não for igual,
Se com o tempo não extinguir o mal,
Que D´us jugue este ser tão desumano!
(YEHORAM)