OITENTA ANOS
OITENTA ANOS
Agora, só me restam poucos passos
Em minha vida. E nesta caminhada,
Quase chegando ao ponto de parada,
P ´ra repensar vitórias e fracassos.
Vitórias? Tive algumas nesta estrada,
Sem vivas, sem aplausos, nem abraços.
E, hoje, já vejo os derradeiros traços
Do que resta de mim, que é quase nada...
Anos são tantos, bem ou mal vividos,
De desejos e planos, uns perdidos;
Outros tantos, em pouco, alcançados...
E nos meus oitenta anos, penso, agora,
Que não esteja distante a infausta hora
De remir - face à morte - os meus pecados!
OITENTA ANOS
Agora, só me restam poucos passos
Em minha vida. E nesta caminhada,
Quase chegando ao ponto de parada,
P ´ra repensar vitórias e fracassos.
Vitórias? Tive algumas nesta estrada,
Sem vivas, sem aplausos, nem abraços.
E, hoje, já vejo os derradeiros traços
Do que resta de mim, que é quase nada...
Anos são tantos, bem ou mal vividos,
De desejos e planos, uns perdidos;
Outros tantos, em pouco, alcançados...
E nos meus oitenta anos, penso, agora,
Que não esteja distante a infausta hora
De remir - face à morte - os meus pecados!