EU NÃO FAÇO SONETOS PARNASIANOS

Se um Poeta que entre luz rabisca e sua,

esquece um verso sequer, Meu Deus sonha!

São delírios fingidos teus risonha...

Já eu cansado ou rouco eu insisto e a voz flutua:

- Nobre orgulho de Milo!* - viva estátua!

Molde original da Vênus mais pura!

Quanta beleza, qualquer criatura

inveja-te, arte ou peça a sóbria espádua!

Igual Escultor a lapidar o mármore;

Eu!... Eternizo-a... Assim, vivo p`ra adorar-te,

como a bela obra faz co`a eternidade!

Teus caminhos? Oh glória eterno amore!

E dos quadros do Pintor és luz, parte

do gênio que tu`alma esboça ah herdade!

claudio maia

claudio maia
Enviado por claudio maia em 13/08/2011
Reeditado em 18/09/2022
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