FIM AMARGO
Oh! Sinto a dor que corre pelo corpo,
Que passa pelo ribombar do coração!
E, eu, no leito estirado feito morto,
Em pranto a alma, chorava em vão.
E tanto vai e vem nesta ventura,
Sinto o corpo arder nesse martírio
Pelo receio da perda, sem uma cura,
Retorço todo nesse calor, nesse delírio!
E por tudo quanto de ti tenho ouvido
Que sempre este fado me tem urdido,
E eu vivi fiel este encargo.
Desde que senti nos lábios o teu beijo
E desde que fiz de ti o meu desejo,
Que senti da relação um fim amargo.
(YEHORAM)