SEM ESCOLHA

Porque espero achar-me na alma que delira,

Se bem aqui em nossas vistas se deformam,

Quando vem esse medo qual ela nos inspira,

Arrancando-nos carnes que as transformam...?

Ah! Se ao menos pudesse eu lhe sobreviver...

Entrar na membrana penosa deste negrume,

Neste guizo da morte que eu quero escolher,

E voar nas noites como fosse um vaga-lume...!

Eu tragado por Deus neste mundo condenado,

E mesmo que no aviso da minha pouca Lisura,

Deixei esse meu destino assim inconformado...

Sou o pecado do aflito dentro d’uma clausura,

Renego essa perda lúgubre onde fico plantado,

Estou entre a vida e adeus..., da inútil loucura.

Setedados
Enviado por Setedados em 06/08/2011
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T3143611
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