SEM ESCOLHA
Porque espero achar-me na alma que delira,
Se bem aqui em nossas vistas se deformam,
Quando vem esse medo qual ela nos inspira,
Arrancando-nos carnes que as transformam...?
Ah! Se ao menos pudesse eu lhe sobreviver...
Entrar na membrana penosa deste negrume,
Neste guizo da morte que eu quero escolher,
E voar nas noites como fosse um vaga-lume...!
Eu tragado por Deus neste mundo condenado,
E mesmo que no aviso da minha pouca Lisura,
Deixei esse meu destino assim inconformado...
Sou o pecado do aflito dentro d’uma clausura,
Renego essa perda lúgubre onde fico plantado,
Estou entre a vida e adeus..., da inútil loucura.