MANAUARA
E nesta tua face com olhar insinuante
Que me fazes admirar-te a blandícia,
Exalas este ar, exalas esta malícia,
Me enlaças neste amor flutuante.
A grande alma tua, a tua luz augusta,
Que a distância o teu caráter fulgura,
Tal dedicação a mim, tal candura,
Me deixa no profundo a alma adusta!
E quando ao dormir me deito em sonhos
Lembrando dos momentos risonhos,
Olho para o teto num suspiro.
E a tétrica imagem formada no escuro;
Aponta a solução do meu futuro,
Me desafia: se fico em ti, se de ti me retiro.
(YEHORAM)