Maturidade poética
Mas não nasce, de dentro, recluso, a face.
Sê clemente eu te peço, aqui de cima...
Suporta a dor da alma e esquece a rima!
Oh poeta! Abandona aqui tão vil disfarce.
Tens a liberdade de criar suas mil vidas
Pois é na sua escrita que tece o mundo;
Do certo, incerto, proscrito e profundo.
E em cada verso uma estação vivida.
Se fixando na estrada ou em um só eu
tenha cuidado para, ao se perder, ser.
porque a sua falsa verdade é algo que é seu.
Repito que és livre para se reescrever
E em sua história inúmeras formulações
Até que sua vida esteja digna de se ler.