INGRATA FLOR

Esta flor que espinhosa o amor maltrata,

O jardineiro que dela cuida cauteloso,

De suas pétalas carinhoso trata,

Com esmero cuida o coração airoso.

Mas vil se torna a flor que age ingrata

Desmerece o amor do exímeo jardineiro

Que na noite lhe regava com chuva de prata

E lhe dava a alma caudaloso ribeiro.

Quanto mais a mão passava, mais acutilava

O amor etéreo que com ela estava,

Já virara, agora, as costas de tanta esquivança.

Mas embora a acerba dor causada deste laço,

No imo do amor há para o perdão espaço,

Quem sabe se o que era perdido já tem esperança?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 01/08/2011
Código do texto: T3131823
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.