Rush
Nas ruas da cidade alucinante,
com veias de automóveis e metrô,
repleta de videntes, camelôs,
mendigos e mambembes ambulantes,
em cada esquina, um sonho viajante,
histórias de quixotes e pierrôs...
Tocaias, armadilhas e complôs
impostos à ternura dos amantes.
Num tráfego repleto de vertigens,
aflito de buzinas e fuligem,
deliro com visões de paraíso...
Pois quando o caos urbano se alucina
e acendem-se as estrelas das vitrinas
encontro a poesia em teu sorriso.