O fim do Homem

O homem do seu destino é ceifador;

Buscando lascas de tormento e ouro.

Bem diz ter ele, no porão, o seu tesouro:

A ira, o desamor e a morte, o censor.

O homem chora em ácida cinza nuvem;

A perda do ar, da fauna, da flora, do céu da água.

Então perdido o belo só sobram mágoas.

Malditos homens! É preciso olhar além.

O homem tece lentamente sua mortalha.

Sendo mal, e se tudo continuar assim

Serão as cinzas, a única que o agasalha

O homem perde a luz da vida, a direção

Sem noção que o que tanto busca é fatal

Andando a passos curtos rumo à extinção.