O sonho
Marco Aurélio Vieira
No desnorteio de pairar inebriado
em tua sombra que me veste toda a essência,
eu me serpeio e me misturo no teu fado,
enlouquecido delirando em dissolvência.
Em teu olhar a chama em vela do segredo...
Eu me desvendo em tua rima de assonância...
Nas tuas coisas vivo o meu feliz degredo...
Fixo em meu corpo a tua vívida substância...
E vou voando pelas vagas de tua aura...
Vou lapidando em mim a graça que se instaura...
Enquanto bordas no destino que eu te dei...
Mas na viagem do meu sonho em teus tesouros,
eu conheci, de ti, sombrios logradouros.
E ao desnudar-te a humanidade, eu acordei.
Sonho
Edir Pina de Barros
Em teu olhar, a chama acesa do segredo,
oscila em minhas noites sem luar, tristonhas,
e em teu silêncio, já nem sei, com quem tu sonhas,
apenas sei do meu sofrer e triste quedo;
e tu me deixas, tão sozinha, em tal degredo,
devaneando noites ledas, mais risonhas,
e me abandonas entre sombras tão medonhas,
(ainda, assim, o meu amor, te dou, concedo);
e, enfim, mergulho em teus sentidos, sem pudor,
e tento desvelar, na intimidade tua,
fugaz segredo que há no fundo desse olhar;
enquanto aqui me morro pelo teu amor,
no manto azul andejas, a buscar a lua,
perdido no sidéreo espaço, a divagar.
Brasília, 28 de Julho de 2011.
Seivas d'alma, pág. 77
Marco Aurélio Vieira
No desnorteio de pairar inebriado
em tua sombra que me veste toda a essência,
eu me serpeio e me misturo no teu fado,
enlouquecido delirando em dissolvência.
Em teu olhar a chama em vela do segredo...
Eu me desvendo em tua rima de assonância...
Nas tuas coisas vivo o meu feliz degredo...
Fixo em meu corpo a tua vívida substância...
E vou voando pelas vagas de tua aura...
Vou lapidando em mim a graça que se instaura...
Enquanto bordas no destino que eu te dei...
Mas na viagem do meu sonho em teus tesouros,
eu conheci, de ti, sombrios logradouros.
E ao desnudar-te a humanidade, eu acordei.
Sonho
Edir Pina de Barros
Em teu olhar, a chama acesa do segredo,
oscila em minhas noites sem luar, tristonhas,
e em teu silêncio, já nem sei, com quem tu sonhas,
apenas sei do meu sofrer e triste quedo;
e tu me deixas, tão sozinha, em tal degredo,
devaneando noites ledas, mais risonhas,
e me abandonas entre sombras tão medonhas,
(ainda, assim, o meu amor, te dou, concedo);
e, enfim, mergulho em teus sentidos, sem pudor,
e tento desvelar, na intimidade tua,
fugaz segredo que há no fundo desse olhar;
enquanto aqui me morro pelo teu amor,
no manto azul andejas, a buscar a lua,
perdido no sidéreo espaço, a divagar.
Brasília, 28 de Julho de 2011.
Seivas d'alma, pág. 77