DESVIRTUOSA
Por que aperto e angústia passa o coração,
Pela rosa ilustre, pela flor desvirtuosa?
A longa espera, o cansaço me veio em vão,
Fica a inquietude, a alma desgostosa.
O desvario louco daquela vã formosura,
Da volúpia, da facilidade, do bel prazer
E fica perdido o homem a esta altura,
Fica perdido nos seus seios de lazer.
O seio fremente, fica ansioso ao esperar,
Por linda presença, a voz de contentamento,
Mas que a mesma não podia amar.
Aquela promessa foi feita de momento,
Mas ela não pôs o seu coração a lembrar
E o grande ardor caiu no esquecimento.
(YEHORAM)