Anjo Moribundo

Tão leve, num vôo de uma pétala decaída

Na espumante bruma do Amor, voando...

Meu anjo... Nesta minha alma enfraquecida,

Que para o infinito segue navegando.

Apodrecido meu corpo... Vida sucumbida,

Num ímpeto silente, sem forças, nem clareando

Esta sombra, que no meu corpo segue esquecida

Meu amor, um anjo livre, nunca vacilando...

Nas palpitações, que o silêncio vai surgindo,

Tão doce, tão sufocante, ainda sorrindo

Na imensidade do prazer, ao triste jardim.

Na ultima palpitação, fraco caindo...

Meu anjo, um beijo, neste véu encobrindo

Um beijo, para que a morte seja o fim.

lord crow
Enviado por lord crow em 24/07/2011
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